segunda-feira, 21 de abril de 2014


Ameaças aos Briófitos

As principais ameaças aos Briófitos estão relacionadas com a degradação dos habitats e com a perda da área florestada, dois processos que aparecem na maioria das vezes interligados.

Relativamente à redução da área florestada verifica-se que esta altera também o perímetro, aumentando o efeito de margem e modificando a exposição aos ventos, conduzindo ao desaparecimento de certas espécies que são mais sensíveis, como as hepáticas e as epífilas (que vivem sobre as folhas de outras plantas), em fragmentos florestais de menores dimensões.

O principal fator limitante à conservação de muitas espécies é a baixa densidade populacional e as baixas taxas de germinação e crescimento populacional que se verifica na maior parte dos briófitos.

Assim, a sua recuperação terá de passar por ações de informação e educação sobre a sua existência pois, apesar de estas plantas serem de enorme importância (nomeadamente na captação de água e nutrientes) e estarem muito presentes por toda a região dos Açores (em turfeiras, florestas naturais, entradas das grutas e algares), poucas são as pessoas que as conhecem.

Além da sensibilização da população é necessário atuar no habitat destas plantas, ou seja é necessário fazer a manutenção e conservação das áreas protegidas.

BIBLIOGRAFIA

CARDOSO, P., BORGES, P. A. V., COSTA, A. C., CUNHA, R. T., GABRIEL, R., MARINS, A. M. F., SILVA, L., HOMEM, N., MARTINS, M. RODRIGUES, P., MARTINS, B., MENDONÇA, E. (2008). A perspectiva arquipelágica: Açores. In: MARTIN, J. L., ARECHAVALETA, M., BORGES, P. A. V., FARIA, B. F. TOP 100. As cem espécies ameaçadas prioritárias em termos de gestão na região europeia biogeográfica da Macaronésia. Dirección General del Medio Natural, Gobierno de Canarias. pp. (428-430).

Proença, V. et al. (2009). Biodiversidade in "Ecossistemas e Bem-estar humano - Avaliação para Portugal do Millennium Ecosystem Assessment" Escolar Editora.

sexta-feira, 4 de abril de 2014

Briófitos – Um caso do valor da biodiversidade
 
Os Briófitos são pequenas plantas, essencialmente terrestres, que se caracterizam pela ausência de tecidos vasculares, ou seja não têm raízes, caules ou folhas, e pela dominância da geração gametófita. São espécies que apresentam taxas de crescimento baixas e demoraram muitas décadas a cobrir os substratos.
Os briófitos desempenham funções vitais nos ecossistemas, nomeadamente na captação de água e de nutrientes (Turfeiras) e na diminuição da erosão do Solo.
No Arquipélago dos Açores existem cerca de 439 espécies e subespécies, estando divididos ente 285 musgos, 149 hepáticas e 5 antocerotas. Verifica-se que nos Açores se encontram as condições ambientais favoráveis ao seu desenvolvimento como humidade, luz e temperatura. Ocupam assim grandes áreas e é possível observar-se uma grande diversidade e vitalidade.
Os briófitos ocorrem essencialmente nas florestas Laurissilva, nas florestas de azevinho e zimbrais.
É difícil conservar estas espécies devido à sua baixa densidade populacional e às baixas taxas de germinação e crescimento populacional.
Assim, e pelo facto das pessoas estarem pouco familiarizadas com os briófitos, torna-se necessário sensibilizar e formar a população dos Açores para a proteção desta espécie, que encontraram no arquipélago um ponto de refúgio e de desenvolvimento.
Em termos de conservação, o Primeiro Livro Vermelho dos Briófitos, publicado em 1995 (ECCB, 1995), inclui 57 espécies presentes nos Açores, onde estão incluídas todas as espécies endémicas do arquipélago.
 
Turfeira Género Sphagnum

Na maior parte das ilhas dos Açores é possível observar turfeiras de Sphagnum,, importantes no armazenamento superficial da água das chuvas.
 
 
CARDOSO, P., BORGES, P. A. V., COSTA, A. C., CUNHA, R. T., GABRIEL, R., MARINS, A. M. F., SILVA, L., HOMEM, N., MARTINS, M. RODRIGUES, P., MARTINS, B., MENDONÇA, E. (2008). A perspectiva arquipelágica: Açores. In: MARTIN, J. L., ARECHAVALETA, M., BORGES, P. A. V., FARIA, B. F. TOP 100. As cem espécies ameaçadas prioritárias em termos de gestão na região europeia biogeográfica da Macaronésia. Dirección General del Medio Natural, Gobierno de Canarias. pp. 421 – 446.